Até algum tempo atrás, uma das marcas distintivas
do culto reformado era o seu compromisso com a santificação do Dia do Senhor
como o tempo divinamente prescrito para que o povo da aliança de Deus adorasse
esse Deus da aliança.
Esta perspectiva puritana possivelmente está melhor demonstrada na Confissão de Fé de Westminster:
Esta perspectiva puritana possivelmente está melhor demonstrada na Confissão de Fé de Westminster:
“Como é lei da natureza que, em geral, uma devida
proporção de tempo seja destinada ao culto de Deus, assim também, em sua
Palavra, por um preceito positivo, moral e perpétuo, preceito que obriga a
todos os homens, em todas as épocas, Deus designou particularmente um dia em
sete para ser um sábado (= descanso) santificado por ele; desde o princípio do
mundo, até a ressurreição de Cristo, esse dia foi o último da semana; e desde a
ressurreição de Cristo, foi mudada para o primeiro dia da semana, dia que na
Escritura é chamado dia do Senhor (= domingo), e que há de continuar até ao fim
do mundo como o sábado cristão”.
Dizendo isso, os puritanos estavam em consonância com os reformadores ao dizer que o shabbat (sábado) não era o único dia em que o povo de Deus se reunia para o culto e também não estavam dizendo que a adoração é um tipo de atividade exclusivamente corporativa e que apenas acontece quando a igreja se une para adorar.
Foram os reformadores e puritanos que resgataram
para nós a ideia de que adoração é a resposta do crente momento após momento à
Palavra de Deus. Ao mesmo tempo eles tinham uma convicção apaixonada quanto a
este ponto. Diziam que o culto cristão tem que ser ancorado e baseado no Dia do
Senhor. Existe um debate que sempre está presente entre os próprios reformados
com relação ao Dia do Senhor e o shabbat (sábado). Devemos considerar o
Dia do Senhor como o shabbat? Isso ficará claro à medida que formos
expondo o assunto.
Os que creem na perpetuidade do sábado cristão como sendo uma ordenança da graça que é obrigatória para todo povo de Deus, precisam lembrar que não estamos simplesmente engajados num conflito para persuadir nossos irmãos em Cristo e que passagens como Colossenses 2:16-17 não estão abolindo o sábado cristão que foi instituído na criação. Nossa batalha é muito mais séria que isto, pois estamos batalhando para resgatar os irmãos cristãos dos efeitos corrosivos da cultura contemporânea. O que estamos dizendo é, que o assunto tratado aqui, dentro da tradição reformada, não é somente de persuadir nossos irmãos em Cristo do caráter divino, mandatório do sábado cristão (shabbat) como sendo uma ordenança vinda da criação e do Evangelho, mas na verdade estamos diante de um trabalho ainda mais exigente. Ou seja, de persuadir nossos irmãos em Cristo da sabedoria daquele que nos deu o shabbat, do regozijo que é o sábado cristão e dos efeitos corrosivos e fatais de permitirmos que nossa cultura contemporânea venha formatar nossa vida espiritual e dos nossos filhos.
Os que creem na perpetuidade do sábado cristão como sendo uma ordenança da graça que é obrigatória para todo povo de Deus, precisam lembrar que não estamos simplesmente engajados num conflito para persuadir nossos irmãos em Cristo e que passagens como Colossenses 2:16-17 não estão abolindo o sábado cristão que foi instituído na criação. Nossa batalha é muito mais séria que isto, pois estamos batalhando para resgatar os irmãos cristãos dos efeitos corrosivos da cultura contemporânea. O que estamos dizendo é, que o assunto tratado aqui, dentro da tradição reformada, não é somente de persuadir nossos irmãos em Cristo do caráter divino, mandatório do sábado cristão (shabbat) como sendo uma ordenança vinda da criação e do Evangelho, mas na verdade estamos diante de um trabalho ainda mais exigente. Ou seja, de persuadir nossos irmãos em Cristo da sabedoria daquele que nos deu o shabbat, do regozijo que é o sábado cristão e dos efeitos corrosivos e fatais de permitirmos que nossa cultura contemporânea venha formatar nossa vida espiritual e dos nossos filhos.
Fiquei extremamente espantado quando, há alguns
anos, passei um período nos Estados Unidos e vi que o dia da final do
campeonato de futebol, o evento esportivo mais enfatizado do ano, era praticado
no Dia do Senhor e que muitas igrejas evangélicas, cristãs, naquele dia, até
mesmo que professavam a fé reformada, cancelavam até os seus cultos dominicais
para permitir que as pessoas fossem assistir este jogo. Quase não acreditei que
isso estivesse acontecendo. Porém, disseram-me que mais igrejas mudariam até o
horário de culto para permitir aos crentes irem a esta final de campeonato.
Eu tenho um filho que gosta muito de futebol e gosta muito de jogar. Outro dia ele me perguntou por que se marcavam tantos jogos exatamente no Dia do Senhor. Meu filho gosta muito de futebol e por isso fica frustrado quando não pode jogar e sente falta do jogo, mas mesmo assim não deixa de ir à igreja para participar dos jogos de futebol e nem ao menos pensa nisso. Mas percebo que esta situação vem continuamente se projetando para tomar controle sobre a igreja.
Levanto esta questão porque o problema não é realmente a guarda do sábado cristão, mas é algo mais profundo que isso. O assunto com o qual nos deparamos é o caráter de Deus, a Sua autoridade, a verdade de Sua Palavra e a sua suficiência. Se estamos convencidos que Deus é bom, somente bom, e que todos Seus caminhos para Seus filhos são sábios e agradáveis, isso nos deveria persuadir a abraçar com alegria a santificação do Dia do Senhor. Não deveríamos ser levados a pensar que as leis do Dia do Senhor não são mais para nós hoje e que por isso têm sido abandonadas por muitos cristãos que professam a fé reformada e que têm se esquecido de santificar este dia. A razão para isso é que eles não têm compreendido o sentido do Dia do Senhor.
Eu tenho um filho que gosta muito de futebol e gosta muito de jogar. Outro dia ele me perguntou por que se marcavam tantos jogos exatamente no Dia do Senhor. Meu filho gosta muito de futebol e por isso fica frustrado quando não pode jogar e sente falta do jogo, mas mesmo assim não deixa de ir à igreja para participar dos jogos de futebol e nem ao menos pensa nisso. Mas percebo que esta situação vem continuamente se projetando para tomar controle sobre a igreja.
Levanto esta questão porque o problema não é realmente a guarda do sábado cristão, mas é algo mais profundo que isso. O assunto com o qual nos deparamos é o caráter de Deus, a Sua autoridade, a verdade de Sua Palavra e a sua suficiência. Se estamos convencidos que Deus é bom, somente bom, e que todos Seus caminhos para Seus filhos são sábios e agradáveis, isso nos deveria persuadir a abraçar com alegria a santificação do Dia do Senhor. Não deveríamos ser levados a pensar que as leis do Dia do Senhor não são mais para nós hoje e que por isso têm sido abandonadas por muitos cristãos que professam a fé reformada e que têm se esquecido de santificar este dia. A razão para isso é que eles não têm compreendido o sentido do Dia do Senhor.
O problema é mais profundo. A verdade é que as pessoas
perderam o contato de quem Deus é. Creio que dificilmente poderíamos duvidar
que, quando o Dia do Senhor não é uma ordenança graciosa, o culto na igreja
deteriora e em seguida a sociedade deteriora. O Dia do Senhor é um testemunho
da grande benignidade de Deus para com Seu povo e nos dá um tempo divinamente
apontado por Deus para que nós O adoremos e Deus mesmo nos dá o foco apropriado
em relação à Sua adoração.
Quero apresentar dois aspectos com respeito à
guarda do Dia do Senhor.
1) Explicar o caráter obrigatório do Dia do Senhor
para o cristão; essa era a convicção dos reformados puritanos e que surgiu
de uma compreensão correta das Escrituras.
2) Destacar o significado e os benefícios de se
observar o Dia do Senhor reservando-o para um culto que honra a Deus.
Caráter Obrigatório
I) Inicialmente gostaria de dizer que o Dia do
Senhor foi instituído por Deus na criação. Lemos em Gênesis 2 que Deus terminou
sua obra no sexto dia e no sétimo descansou do que havia feito. Deus abençoou o
sétimo dia e o santificou porque nele descansara de todas as obras que havia
feito. Antes que o pecado entrasse no mundo Deus já havia providenciado um
sábado (descanso) para Adão e Eva e seus filhos. Nas palavras do grande
presbiteriano John Murray, o sábado é uma ordenança da criação dada por Deus
para o benefício de todas as Suas criaturas. Geralmente se diz que Calvino
ensinava que o sábado, como dia de descanso, havia sido ab-rogado na
dispensação do Novo Testamento. Para apoiar isso, são citados seus comentários
sobre o quarto mandamento e sua exposição em Colossenses 2:16-17. Sem dúvida
existe alguma diferença entre a perspectiva de Calvino e os puritanos, mas na
minha opinião são circunstanciais e pequenas. Quando lemos o que Calvino
escreveu no seu comentário de Gênesis 2:3, escrito em 1561, dois anos depois da
edição final das Institutas, o que é bastante significativo, encontramos
uma exposição que o reformador faz de forma sucinta, da sua perspectiva do
sábado cristão. Calvino disse:
“Quando ouvimos que o sábado foi ab-rogado pela
vinda de Cristo, devemos distinguir o que pertence ao governo perpétuo da vida
humana e o que pertence propriamente às figuras antigas. O uso destas foi
abolida quando a verdade foi cumprida. Descanso espiritual é a mortificação da
carne ao ponto de que os filhos de Deus não devem viver para si mesmos ou
permitir livremente as ações de suas inclinações. Assim, na medida que o sábado
era uma figura (obs: com isso os puritanos concordariam). Mas, na medida em que
foi ordenado aos homens, desde o início, de que eles deveriam se engajar no
culto a Deus, é legítimo que o sábado cristão deva continuar até o fim do
mundo. O sábado é uma ordenação da criação que é perpétua”.
II) A segunda coisa que tenho para afirmar é que o sábado cristão está baseado no exemplo divino. Esse é o ponto de Moisés em Êxodo 20:11. O ritmo do homem alternado entre trabalho e descanso é o sério padrão do ritmo criador. John Murray faz a seguinte afirmativa: “Podemos pensar no exemplo que Deus nos deu de trabalho e descanso como sendo um padrão de conduta eterno para a raça humana nas ordenanças de trabalho e descanso”.
III) A ordem de Deus para que guardemos o Dia do
Senhor está embutida nos dez mandamentos. O quarto mandamento garante e valida
a permanência do mandamento para guardarmos o Dia do Senhor e estabelece a
guarda do sábado cristão no coração da vida de adoração do povo de Deus. Acho
absurdo quando ouço irmãos que, dizendo-se reformados, tentam me convencer que
o “shabbat”, o sábado, foi abolido, deixando um dos dez mandamentos fora
de validade para a vida do povo de Deus. Na verdade, Deus deu validade à guarda
do sábado por colocá-lo dentro do decálogo.
IV) Nosso Senhor Jesus Cristo destacou a importância da permanência do shabbat. Jesus nos diz em Marcos 2.27: “O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado”. O que mais poderíamos dizer com relação a isso? A minha preocupação é simplesmente mostrar a importância do fundamento da guarda permanente do shabbat. Deus tem gravado esta verdade em Sua Palavra e nós nos desviamos dessa ordenança apenas para sermos prejudicados espiritualmente. Pertence nossa obediência à verdade revelada de Deus e nossa submissão ao nosso Pai amorável. Tendo estabelecido o fundamento bíblico para o dia do Senhor e considerando a transição do sábado para o domingo, quero considerar quais os benefícios e o significado de guardar o dia do Senhor.
IV) Nosso Senhor Jesus Cristo destacou a importância da permanência do shabbat. Jesus nos diz em Marcos 2.27: “O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado”. O que mais poderíamos dizer com relação a isso? A minha preocupação é simplesmente mostrar a importância do fundamento da guarda permanente do shabbat. Deus tem gravado esta verdade em Sua Palavra e nós nos desviamos dessa ordenança apenas para sermos prejudicados espiritualmente. Pertence nossa obediência à verdade revelada de Deus e nossa submissão ao nosso Pai amorável. Tendo estabelecido o fundamento bíblico para o dia do Senhor e considerando a transição do sábado para o domingo, quero considerar quais os benefícios e o significado de guardar o dia do Senhor.
Significado e Benefícios
I)
O shabbat nos dá uma oportunidade de buscar
o Senhor e adorá-lo sem distração. No ano passado passei um tempo no Marrocos
visitando famílias cristãs. Viver num país muçulmano como aquele significa não
ter liberdade para guardar o Dia do Senhor como os cristãos gostariam. Mas em
países como Brasil e Escócia ainda temos o privilégio precioso dado por Deus de
preservar e guardar o Dia do Senhor como um dia santo. Irmãos, valorizem o Dia
do Senhor; lutem por ele; os assuntos relacionados com a guarda do dia de
descanso são profundos. Essa provisão que Deus nos faz que o adoremos sem
distração alguma é uma visão que vem do próprio Deus.
II)
II) O shabbat nos dá oportunidade de adorar coletivamente a Deus e buscá-lO juntos. O shabbat enfatiza o caráter bíblico e corporativo do culto que se deve prestar a Deus. O nosso Deus fez uma provisão graciosa por seu povo. Ou seja, que O adoremos juntos. Esta verdade perece dia após dia em nossa época. Desde o iluminismo, na cultura ocidental e particular, o indivíduo tornou-se o centro de todas as coisas e essa preocupação absorvente com o indivíduo desfechou um golpe mortal no pensamento bíblico com respeito à aliança. Os cristãos não têm mais qualquer doutrina, não têm mais esta compreensão do caráter coletivo da Igreja, e mesmo cristãos que se professam reformados não têm mais qualquer sentido do caráter corporativo do culto da aliança. Estou cada vez mais convencido que o sábado cristão é talvez o meio principal usado por Deus de educar o seu povo na vida e no culto do pacto. Guardar o Dia do Senhor, o sábado cristão, é o antídoto poderoso para aquele individualismo absorvente que marca tanto o mundo que nós vivemos como a igreja de Cristo.
III) O shabbat coloca diante de nós os grandes feitos de Deus na criação e na redenção. No sábado cristão somos graciosamente capacitados por Deus em nos centralizarmos na criação e na redenção e despertar nossos corações e mentes ao seu louvor. Calvino coloca o seu dedo exatamente nesse ponto. No livro II das Institutas, capítulo 8, ele diz:
II) O shabbat nos dá oportunidade de adorar coletivamente a Deus e buscá-lO juntos. O shabbat enfatiza o caráter bíblico e corporativo do culto que se deve prestar a Deus. O nosso Deus fez uma provisão graciosa por seu povo. Ou seja, que O adoremos juntos. Esta verdade perece dia após dia em nossa época. Desde o iluminismo, na cultura ocidental e particular, o indivíduo tornou-se o centro de todas as coisas e essa preocupação absorvente com o indivíduo desfechou um golpe mortal no pensamento bíblico com respeito à aliança. Os cristãos não têm mais qualquer doutrina, não têm mais esta compreensão do caráter coletivo da Igreja, e mesmo cristãos que se professam reformados não têm mais qualquer sentido do caráter corporativo do culto da aliança. Estou cada vez mais convencido que o sábado cristão é talvez o meio principal usado por Deus de educar o seu povo na vida e no culto do pacto. Guardar o Dia do Senhor, o sábado cristão, é o antídoto poderoso para aquele individualismo absorvente que marca tanto o mundo que nós vivemos como a igreja de Cristo.
III) O shabbat coloca diante de nós os grandes feitos de Deus na criação e na redenção. No sábado cristão somos graciosamente capacitados por Deus em nos centralizarmos na criação e na redenção e despertar nossos corações e mentes ao seu louvor. Calvino coloca o seu dedo exatamente nesse ponto. No livro II das Institutas, capítulo 8, ele diz:
“Durante o repouso do sétimo dia, na verdade,
quando Deus determinou que se descansasse no sétimo dia, o legislador divino
queria falar ao povo de Israel do descanso espiritual quando os cristãos devem
deixar de lado o seu trabalho para permitir que Deus trabalhe neles”.
Em outras palavras, o shabbat nos dá oportunidade de repousar de nossas próprias obras e nos concentrar nas obras de Deus. Nesse sentido, o shabbat é um símbolo evangélico, um glorioso símbolo semanal da justificação gratuita. Nós vivemos em uma época em que os cristãos andam em busca de sinais e símbolos. Demos a eles o grande símbolo do Evangelho: um dos grandes símbolos e sinais do Evangelho é o shabbat que nos foi dado por Deus.
IV) O shabbat destaca a importância dos cultos matinais e vespertinos. Parece muito simplório. Mas mesmo assim é importante falar deles. Honrem o sábado cristão, não somente uma parte dele, mas como um todo. Se havia uma coisa que caracterizava a religião puritana, a prática puritana, era a maneira cuidadosa que brotava de seus corações e pela qual eles se entregavam alegremente, de forma não legalista, à guarda do Dia do Senhor.
V) O Dia do Senhor é uma preparação para o céu. Ouçamos as palavras de Richard Baxter: “Qual o dia mais apropriado para subir ao céu do que aquele em que Ele ressurgiu da terra e triunfou completamente sobre a morte e o inferno? Use o seu shabbat como passos para a glorificação até que tenha passado por todos eles e chegue à glória”. A religião puritana floresceu no solo regozijante da guarda do sábado cristão. É por causa destas coisas que somos chamados em Isaías 58, pelo próprio Senhor, para considerarmos o sábado como um deleite e a isso ele adiciona uma promessa. Se guardarmos seus sábados como sendo um deleite, encontraremos nossa alegria no Senhor.
Esse capítulo 58 de Isaías é mais uma confirmação
de que a guarda do sábado cristão deveria ser considerada como parte da Lei
Moral e não simplesmente mais uma observância pertinentes às leis cerimoniais.
Esta passagem de Isaías onde o mero cerimonialismo é denunciado pelo profeta,
há um apelo para a guarda do sábado como sendo importante para o culto
espiritual.
Sei que existe o perigo de dar ao sábado cristão um
lugar central no culto, fazendo com que ele torne-se um exercício de justiça
própria. Sabemos da condenação tremenda feita pelo Senhor em Isaías 1. Mas os
crentes reformados deveriam guardar o Dia do Senhor de forma santa. Devemos
chamá-lo de um deleitoso. Por quê? Por causa de nossa obediência ao nosso Deus
e amor ao nosso Salvador. Jesus disse: “Se vocês me amam, guardem meus
mandamentos”.
Neste sentido a guarda do Dia do Senhor, o sábado
cristão, ou é o resultado da obediência legalista, ou da obediência evangélica.
Se for o produto de uma obediência legalista, a guarda do dia do Senhor será
sem alegria, monótona, formal e alguma coisa que simplesmente traz auto-justiça
e vaidade pessoal. Mas se a guarda do Dia do Senhor é o resultado de uma
obediência evangélica, será profundamente regozijante. Diremos como o salmista:
“Alegrei-me quando me disseram, vamos à casa do Senhor”. Se for uma
guarda por causa de uma obediência evangélica, será algo refrescante que nos
revigora e nos humilha.
John Murray, cujos escritos trouxeram uma impressão
inapagável na minha vida quando moço (Por exemplo: Redenção, Conquistada e
Aplicada (Cultura Cristã ― Obra que considerei como a melhor peça sobre
justificação jamais escrita por alguém), disse: “O shabbat semanal é uma
promessa, um sinal, e um antegozo daquele descanso consumado. A filosofia
bíblica do shabbat é de tal maneira, que negar sua perpetuidade é privar
o movimento da redenção de uma das suas mais preciosas características”.
Vivemos numa época em que mais do que nunca precisamos resgatar o shabbat para o povo de Deus, porque amamos o povo de Deus e desejamos seu bem diante de Deus. Sabemos que Deus quer abençoar Seu povo com isso. Mas sabemos também que a bênção que Ele deseja dar nunca virá sem a honra que o povo deve ao Dia do Senhor. Pelo bem espiritual dos nossos filhos devemos educá-los ensinando a honrar o Dia do Senhor, mas não como uma coisa rotineira e sem alegria. Como poderia o cultuar a Deus e esperar n'Ele ser algo monótono ou cansativo? Na verdade, o Dia do Senhor foi algo criado por Deus para o bem de Seus filhos. Estou quase convencido que o sucesso dos puritanos pode ser traçado por seu compromisso de guardar o Dia do Senhor para honra de Deus. Deus abençoou grandemente seus labores, seus escritos, porque foram homens e mulheres que honraram o dia do Senhor.
Vivemos numa época em que mais do que nunca precisamos resgatar o shabbat para o povo de Deus, porque amamos o povo de Deus e desejamos seu bem diante de Deus. Sabemos que Deus quer abençoar Seu povo com isso. Mas sabemos também que a bênção que Ele deseja dar nunca virá sem a honra que o povo deve ao Dia do Senhor. Pelo bem espiritual dos nossos filhos devemos educá-los ensinando a honrar o Dia do Senhor, mas não como uma coisa rotineira e sem alegria. Como poderia o cultuar a Deus e esperar n'Ele ser algo monótono ou cansativo? Na verdade, o Dia do Senhor foi algo criado por Deus para o bem de Seus filhos. Estou quase convencido que o sucesso dos puritanos pode ser traçado por seu compromisso de guardar o Dia do Senhor para honra de Deus. Deus abençoou grandemente seus labores, seus escritos, porque foram homens e mulheres que honraram o dia do Senhor.
Finalmente cito Baxter porque creio que suas
palavras expressam o coração da compreensão puritana com respeito ao shabbat:
“Que dia é mais apropriado para subir ao céu do que aquele em que ele ressurgiu
da terra e triunfou plenamente sobre a morte e o inferno? Use seus shabbats
como passos para a glória até que tenha passado por todos eles e lá tenha
chegado”.
O Dia do Senhor é para o povo do Senhor como um
antegozo ou penhor do céu que nós tanto almejamos. Nós desejamos e sonhamos com
aquele dia em que estaremos com o Senhor para sempre. Até que aquele dia venha,
façamos do Dia do Senhor tudo aquilo que Deus gostaria que fizéssemos. Que seja
o pulso palpitante da vida espiritual da Igreja e que partindo de nossa
obediência evangélica nos reunamos para o encontro com nosso Deus e para
receber as promessas que Ele decidiu nos dar, para aqueles que honram o Seu
dia, porque assim honram aquele que instituiu esse dia.
Amém.
Amém.
Autor: Ian Hamilton
Fonte: bereianos
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